sábado, 27 de outubro de 2018

VAMOS VOTAR!


VAMOS VOTAR!
Mantendo o espírito imparcial e democrático da ARCOM-SC, dirigimos-nos a todos aqueles que nos acompanham e que acompanham o nosso singelo trabalho.
O pleito eleitoral, principalmente no segundo turno, está sendo um momento eleitoral dos mais lastimáveis e agressivos que já presenciamos. O debate de ideias foi deixado de lado, e a agressividade, a mentira, a fake news, a pós-verdade, o dissímulo, a tergiversação e apelações infraemocionais chegaram a níveis nunca vistos por nós. A desconstrução da imagem do adversário, usando a guerra psicológica, de informações, muitas vezes esdrúxulas, deixam-nos perplexos e com muitas interrogações.
O que gostaríamos de ver eram propostas concretas que inclusive boa parte da legislação federal já prevê, na qual a Administração Pública fosse nos moldes da democracia participativa de verdade, na gestão e no controle social da aplicação dos recursos públicos.
Nosso país ainda precisa de muita maturidade para crescer como nação, para ser o país dos sonhos dos brasileiros que amam esta pátria e estão cansados de tanta corrupção, desilusões políticas e institucionais e de tanto sofrimento.
Não podemos ser levados pela paixão desenfreada em nossas escolhas, disseminando tanta ira oriunda não se sabe de onde, entre nós, desfazendo amizades, agredindo a opção do outro, contribuindo para uma divisão ainda maior dos brasileiros, somos afinal brasileiros que queremos um Brasil melhor, com oportunidades, com desenvolvimento sustentável, ético, com espírito cooperativo e aberto a novas propostas e ideias que tragam resultados de justiça sociais de verdade, que nos viabilize, de forma eficaz e menos burocrática, a trilha de um promissor caminho e não a de se ficar agarrado às migalhas deixadas em algum trecho deste, para que nunca sejamos melhores.
Por fim, vamos deixar a paixão que é motivada pelo ego e pelo instinto e vamos optar e votar com amor que é movido pela alma e pela consciência.
Deus está sempre nos abençoando, então deixemos que Ele nos abençoe em nossa escolha e aqueles que forem eleitos que reflitam e que pratiquem o Serviço Público Humano, aquele que ouve a população através de plebiscitos, referendos, conferências, debates e audiências públicas, através dos Conselhos Gestores e com a participação popular qualificada do terceiro setor e que queira, de verdade, construir, ao lado dos Brasileiros, uma Pátria Mãe Gentil, uma Pátria Amada, Brasil.

domingo, 14 de outubro de 2018

Fake News - Pós-Verdade - Notícia Falsa

Hoje, temos um fenômeno mundial nas comunicações em geral que se chama fake news, as notícias falsas. O seu papel está no próprio nome, mentira, no qual informes são lançados para uma pessoa, para a família, para amigos ou para um grupo cada vez maior de pessoas, em que estes, comprando a ideia lançada na mensagem falsa, alcança ou não seu objetivo maior: tornar-se “verdade”.

Um dos artifícios utilizados por quem fabrica uma notícia falsa é fazer com que não saibamos o que é verdade, qual o grau de veracidade de um acontecimento, de onde veio a informação, para quem ela se dirige e com qual a finalidade ela foi lançada. Em geral, são apenas para confundir ou preparar o terreno para outra fase de um plano. Várias duram muito tempo, outras caem por terra rapidamente. Uma fake news ocorre sempre que há imprecisão na informação, há modificação de partes desta, tergiversação de seu real significado, aumento ou diminuição de seu conteúdo, ou quando há uma total criação de uma realidade fabricada premeditadamente.

Dentro da fake news, há ainda um conteúdo bastante perigoso que é a mensagem subliminar, as entrelinhas, as mensagens de efeito, as palavras chave, as palavras de ordem cifradas dentro do texto. Todos esses recursos são ferramentas usadas para a manipulação de grupos maiores de pessoas, são meticulosamente estudadas, avaliando o perfil psicológico e cultural do público alvo, e vão sendo monitoradas e aperfeiçoadas para alcançarem sua finalidade. Em situações estratégicas, as fake news ou contrainformação são lançadas para confundir ou induzir o adversário ao erro – seja no campo econômico, político, social. Um exemplo clássico foram as estratégias de guerra de informações e de contra informações utilizadas pelos dois lados em conflito no Dia D, ocorrido na Segunda Guerra Mundial e em várias batalhas dessa mesma guerra e, principalmente, no período da famosa "Guerra Fria". Em ambas, utilizou-se muito da informação e da contrainformação, da inteligência e da contrainteligência, para confundir, dissimular, simular, desviar a atenção do foco principal dos contendores e da opinião pública.

Ademais, para ajudar o trabalho de quem produz a fake news, temos uma população, em geral, muito mal informada, bastante vulnerável psiquicamente, com pouca maturidade psicoemocional, pífio raciocínio analítico independente, com uma memória não eficiente; e pior, sequer admite isso ou se dá conta dessas debilidades. Podemos observar no nosso dia a dia o quanto nos confundimos com nossas observações, não são muitos os detalhes que nos lembramos das diversas cenas da vida, confundimos cores, lugares, pessoas, disposição dos objetos, nomes; daí nascem as fake news, de nossa baixa percepção da realidade, da parcialidade, que depende muito de nosso estado de concentração, nível de conhecimento, entendimento e de discernimento, de atenção e de equilíbrio psicológico.

Hoje há aqueles que dizem o que é e o que não é fake news. Será que são realmente confiáveis? Será que talvez possam estar atendendo aos interesses daqueles que são os mentores das noticias falsas? Muitos inclusive são historicamente conhecidos por propagarem notícias tergiversadas e com mensagens subliminares e agora estão se colocando como os senhores da verdade?



Junto com a fake news temos a pós-verdade – Post-Truth – que é o fenômeno através do qual a opinião pública reage mais a apelos emocionais do que a fatos objetivos. Segundo esse conceito, a verdade dos fatos é colocada em segundo plano quando uma informação recorre às crenças e emoções das massas, o que resulta em opiniões públicas manipuláveis. Esse termo foi empregado pela primeira vez em 1992, em um artigo do dramaturgo Steve Tesich na revista “The Nation”, mas ganhou força mesmo em 2016, quando a Oxford Dictionaries elegeu "pós-verdade" como a palavra do ano da língua inglesa, definida como "a ideia de que um fato concreto tem menos significância ou influência do que apelos à emoção e a crenças pessoais”. De acordo com esse dicionário, o prefixo “pós” transmite a ideia de que a verdade ficou para trás. A partir disso, percebe-se que a sociedade contemporânea é marcada por várias verdades direcionadas, a verdade que reflete o âmago de cada um. Muitos dizem que estão com a verdade, mas qual verdade? Para se ter a noção integral da verdade, requer-se um grau de maturidade, de evolução psíquica, intelectual e emocional que pouquíssimos seres humanos têm hoje.

Então, vamos tomar cuidado com a onda da fake news e da pós verdade, pois até esta pode ser falsa. Vamos, por nós mesmos, exercer o direito de investigar, processar e entender se a notícia é falsa e onde está sua falsidade. Não vamos nos deixar manipular, com mais esta intervenção em nosso livre arbítrio. Verdade não tem versão, verdade é verdade. Uma dica para não cair nas armadilhas da fake news e da pós-verdade é aperfeiçoar a qualidade de nossas fontes de informação e da imparcial e precisa interpretação, sob um prisma de avaliação das informações com critério, coerência e conhecimento perfeitamente alinhados.Vamos lembrar que uma mentira repetida muitas vezes pode se tornar uma falsa verdade. Contudo, mesmo tomando todo cuidado para estar o mais perto possível do retrato fiel da realidade, há que se aprofundar mais e mais na investigação dos fatos e observar a frase de William Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia".