segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Feliz 2019!

Agradecemos a Deus, a todos que acreditam no propósito de nossa OSC, aos nossos parceiros, apoiadores, aos que acompanham nosso trabalho, aos que oportunizaram a divulgação e a apresentação de nossos objetivos. Muito obrigado aos nossos diretores e associados pelo empenho em deixar esta instituição em condições de cumprir com o papel de se tornar uma verdadeira entidade do terceiro setor e manter vivo o espírito dessa instituição expresso em seu estatuto. Agradecemos a todos os desafios que tivemos em 2018 que muito nos amadureceram e que nos mostraram o tanto que temos que aprender e crescer, bem como a forma e o caminho certo a seguir.

Que no ano de 2019 todos nós deste planeta azul, passe o que passe, mantenhamos e ampliemos: o ânimo forte, o moral elevado; a coragem responsável; a perseverança; a constância; a compaixão e o perdão; a capacidade de auto-reconhecimento; a sagacidade e a audácia para mudar e se adaptar; a vontade indelével; o constante aprendizado; o espírito de equipe cooperativo; o sentimento de pertencimento na construção de uma sociedade mais humana, integrada, atuante e feliz, para, a cada instante de 2019, fazermos o melhor possível para que tempos melhores venham, dia após dia.

Um Feliz 2019, são os mais sinceros anseios da ARCOM-SC.

"Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível." São Francisco de Assis.


domingo, 30 de dezembro de 2018

2018, Aprendizado!

Em 2018, aprendemos, na prática, que os planejamentos, os conceitos, as estratégias é que devem se adaptar, mudar e não o caminho.

Nosso objetivo é cooperar para a construção de um mundo melhor, pois o que ocorre em um pequeno espaço geográfico, o lugar onde vivemos, repercute em outros.

São Vicente de Paulo ensina que quem recebe a ajuda é o que a avalia e deve ser a referência para aperfeiçoar a qualidade das ofertas, dentro de todas as perspectivas possíveis. Agindo assim, aprenderemos a cooperar e, quem sabe, ajudar, fazendo a conexão entre o objetivo que traçamos com a eficácia a quem ou a que nos dirigimos.

Aprendemos que a ineficácia, o erro, ou o não devem ser encarados como referenciais para avaliação e reavaliação do resultado encontrado no momento. Muitos conceitos se mostram equivocados quando analisamos se algo surtiu efeito ou não. Há muitas variáveis que vamos acrescentando com a experiência fática. A prática é a melhor das experiências; e, o exemplo, o melhor dos ensinamentos.

Muitas vezes queremos resultados imediatos, mas tudo na vida requer maturação, para uma adequada colheita, no tempo certo. A adaptação, a perseverança, a temperança e a lembrança de que somos eternos aprendizes, sabendo que as variáveis mudam constantemente no tempo e no espaço, nos fazem trilhar o caminho da sabedoria e da inteligência. A frustração ocorre quando há desejo próprio e não um sentimento de sermos simples instrumentos para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Saber exatamente qual o nosso papel real nas diversas peças que atuamos no teatro da vida é outra prática que jamais devemos deixar de lado. Aprendemos também que para não convertermos o bem em mal, devemos saber usá-lo da forma, no momento, com a pessoa, e no lugar adequados.

A mensagem é uma só, porém se o transmissor e o receptor não estão na mesma frequência de nível humano, intelectivo, emocional e de conhecimento, de sentimento, de objetivo, o entendimento e interpretação desta mensagem mudarão, às  vezes, de forma diametralmente oposta; e a mensagem, por melhor que seja, se perderá.

Muito obrigado Vida, por nos ensinar tanto, inclusive no Não, aprendi que o não, significa esperar com sabedoria pelo sim que virá com a maturidade de nossa verdadeira vontade e esperança no momento certo e da forma certa; caso não venha, cabe então se resignar e reavaliar, mas nunca deixar de lado o objetivo de cooperarmos para o equilíbrio, a harmonia, o amor e a paz neste mundo.

Os grandes homens e mulheres na história da humanidade, ao serem mortos, fracassaram, ou tudo que fizeram foi em vão? Se suas sementes até hoje germinam, mesmo com o passar dos séculos, mesmo que de forma prática em poucas pessoas, o resultado foi alcançado.

"Milhares de velas podem ser acesas de uma única vela, e a vida da vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.". Sidarta Gautama, Buda.



Mensagem de Natal.

Apesar de parecer tardia esta mensagem de Natal, jamais poderíamos deixar de escrever breves palavras a respeito da mensagem de Natal deste ano.

O espírito do Natal está se esfriando? As festas natalinas são apenas um momento de encontros vazios como qualquer festa que temos durante o ano? O que está acontecendo para que o dia 25 de dezembro esteja deixando de ser um dia especial para muitas pessoas?

A resposta é bem simples: se não há cultivo de sementes boas, sementes de ética, de humanidade e de civilidade em nosso solo da vida, não haverá plantas saudáveis e muito menos frutos saudáveis e, em muitos casos, se se cultiva outros tipos de sementes, oriundas do egoísmo, do individualismo, do egocentrismo e da vaidade, dentre outras, o que nascerá desses cultivos?

Tudo de mau que vem ocorrendo no mundo se atribui a Deus, mas é Deus que polui e ultraja o meio ambiente, corrompe e deixa corromper mentes e corações com vícios, futilidades e vantagismos irresponsáveis que pouco se importam com o bem comum e com o futuro sustentável da humanidade? A Natureza está dando a resposta, através de uma de suas leis: Ação e Reação, para o Equilíbrio. Colhe-se o que a maioria planta, por ação direta ou por consentimento tácito. O silêncio, a apatia e a indiferença são resposta sim à destruição dos valores humanos e éticos que vemos hoje.

A ausência dos Valores leva ao esfriamento e ao silêncio de nossa alma, o habitat desses preceitos.

Àqueles que querem e lutam por um mundo melhor e mais Cristão, vamos todos os dias propagar a mensagem do Menino origem do Natal, sem cessar, e fazê-la ecoar por este Planeta sofrido para buscar aquecer e acordar a coragem de continuar propagando a mensagem de esperança de um Feliz Natal para todos os seres deste mundo, pedindo a todos principalmente como presente para a humanidade, a perseverança objetiva e indelevelmente fortalecida pelo melhor possível de seus valores primordiais de ética em suas atitudes, sem tréguas.


quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Valeu Guerreiro!

A ARCOM-SC neste dia triste para os familiares e amigos do querido guerreiro Maycon Sacramento que seguiu sua jornada junto ao Pai Celestial se compadece com vocês no fim de sua luta incansável pela vida.

Maycon, deixou para todos nós um legado muito valioso de perseverança, de vontade de viver, de sorrir nas adversidades, de brincar mesmo sofrendo imensa dor dentro de seu corpo. Quando as expectativas de sua vida eram quase nulas, ele venceu esta batalha e foi inspiração para o corpo clínico, de enfermagem e funcionários do Hospital Ibiapaba.

Sua alegria constante contagiava a todos.

Tudo isso e muito mais ficará para sempre, Maycon, dificilmente vamos deixar de lembrar de sua pessoa, de sua luta, de sua resiliência, de sua vontade de viver e de ser feliz. Seu filho será seu legado físico de seu amor pela vida. Lembranças serão o consolo para aqueles que tiveram o privilégio de ter conhecido você, de ter compartilhado suas vitórias e dificuldades.

Adeus querido guerreiro, brilha onde estiver. Nos momentos de dor e sofrimento, seu exemplo de dignidade será força motivadora para continuar lutando.

Fica aqui registrada nossa simples homenagem a este barbacenense de fibra, de caráter, de valor.

Levamos nossos sinceros sentimentos a toda sua família e nos unimos a vocês neste momento de despedida física do inesquecível Maycon Sacramento.


domingo, 18 de novembro de 2018

ARCOM-SC tem nova Diretoria

Tendo em vista necessidades administrativas, a Assembleia Geral, no uso de suas atribuições, elegeu e empossou em 18/11/18 a nova Diretoria da ARCOM-SC, que passa a ter a seguinte configuração:

  • Presidente - Otávio Augusto Ramos Vieira
  • Vice-Presidente - Carlos Fernando Biachetti Liporati
  • 1º Tesoureiro - Giovanni Tarcisio de Souza
  • 2º Tesoureiro - José Geraldo Domiciano de Souza
  • Secretária - Tatiane Oliveira Coeli


O ex-Presidente Giovanni Tarcisio de Souza deseja à nova Diretoria, principalmente aos Presidente e Vice, muito sucesso na condução desta promissora OSC, que em 2019 entrará em uma nova fase, que trará muitos benefícios para Barbacena e região.

A seguir, serão dados os passos para os devidos registros nos órgãos competentes.

sábado, 27 de outubro de 2018

VAMOS VOTAR!


VAMOS VOTAR!
Mantendo o espírito imparcial e democrático da ARCOM-SC, dirigimos-nos a todos aqueles que nos acompanham e que acompanham o nosso singelo trabalho.
O pleito eleitoral, principalmente no segundo turno, está sendo um momento eleitoral dos mais lastimáveis e agressivos que já presenciamos. O debate de ideias foi deixado de lado, e a agressividade, a mentira, a fake news, a pós-verdade, o dissímulo, a tergiversação e apelações infraemocionais chegaram a níveis nunca vistos por nós. A desconstrução da imagem do adversário, usando a guerra psicológica, de informações, muitas vezes esdrúxulas, deixam-nos perplexos e com muitas interrogações.
O que gostaríamos de ver eram propostas concretas que inclusive boa parte da legislação federal já prevê, na qual a Administração Pública fosse nos moldes da democracia participativa de verdade, na gestão e no controle social da aplicação dos recursos públicos.
Nosso país ainda precisa de muita maturidade para crescer como nação, para ser o país dos sonhos dos brasileiros que amam esta pátria e estão cansados de tanta corrupção, desilusões políticas e institucionais e de tanto sofrimento.
Não podemos ser levados pela paixão desenfreada em nossas escolhas, disseminando tanta ira oriunda não se sabe de onde, entre nós, desfazendo amizades, agredindo a opção do outro, contribuindo para uma divisão ainda maior dos brasileiros, somos afinal brasileiros que queremos um Brasil melhor, com oportunidades, com desenvolvimento sustentável, ético, com espírito cooperativo e aberto a novas propostas e ideias que tragam resultados de justiça sociais de verdade, que nos viabilize, de forma eficaz e menos burocrática, a trilha de um promissor caminho e não a de se ficar agarrado às migalhas deixadas em algum trecho deste, para que nunca sejamos melhores.
Por fim, vamos deixar a paixão que é motivada pelo ego e pelo instinto e vamos optar e votar com amor que é movido pela alma e pela consciência.
Deus está sempre nos abençoando, então deixemos que Ele nos abençoe em nossa escolha e aqueles que forem eleitos que reflitam e que pratiquem o Serviço Público Humano, aquele que ouve a população através de plebiscitos, referendos, conferências, debates e audiências públicas, através dos Conselhos Gestores e com a participação popular qualificada do terceiro setor e que queira, de verdade, construir, ao lado dos Brasileiros, uma Pátria Mãe Gentil, uma Pátria Amada, Brasil.

domingo, 14 de outubro de 2018

Fake News - Pós-Verdade - Notícia Falsa

Hoje, temos um fenômeno mundial nas comunicações em geral que se chama fake news, as notícias falsas. O seu papel está no próprio nome, mentira, no qual informes são lançados para uma pessoa, para a família, para amigos ou para um grupo cada vez maior de pessoas, em que estes, comprando a ideia lançada na mensagem falsa, alcança ou não seu objetivo maior: tornar-se “verdade”.

Um dos artifícios utilizados por quem fabrica uma notícia falsa é fazer com que não saibamos o que é verdade, qual o grau de veracidade de um acontecimento, de onde veio a informação, para quem ela se dirige e com qual a finalidade ela foi lançada. Em geral, são apenas para confundir ou preparar o terreno para outra fase de um plano. Várias duram muito tempo, outras caem por terra rapidamente. Uma fake news ocorre sempre que há imprecisão na informação, há modificação de partes desta, tergiversação de seu real significado, aumento ou diminuição de seu conteúdo, ou quando há uma total criação de uma realidade fabricada premeditadamente.

Dentro da fake news, há ainda um conteúdo bastante perigoso que é a mensagem subliminar, as entrelinhas, as mensagens de efeito, as palavras chave, as palavras de ordem cifradas dentro do texto. Todos esses recursos são ferramentas usadas para a manipulação de grupos maiores de pessoas, são meticulosamente estudadas, avaliando o perfil psicológico e cultural do público alvo, e vão sendo monitoradas e aperfeiçoadas para alcançarem sua finalidade. Em situações estratégicas, as fake news ou contrainformação são lançadas para confundir ou induzir o adversário ao erro – seja no campo econômico, político, social. Um exemplo clássico foram as estratégias de guerra de informações e de contra informações utilizadas pelos dois lados em conflito no Dia D, ocorrido na Segunda Guerra Mundial e em várias batalhas dessa mesma guerra e, principalmente, no período da famosa "Guerra Fria". Em ambas, utilizou-se muito da informação e da contrainformação, da inteligência e da contrainteligência, para confundir, dissimular, simular, desviar a atenção do foco principal dos contendores e da opinião pública.

Ademais, para ajudar o trabalho de quem produz a fake news, temos uma população, em geral, muito mal informada, bastante vulnerável psiquicamente, com pouca maturidade psicoemocional, pífio raciocínio analítico independente, com uma memória não eficiente; e pior, sequer admite isso ou se dá conta dessas debilidades. Podemos observar no nosso dia a dia o quanto nos confundimos com nossas observações, não são muitos os detalhes que nos lembramos das diversas cenas da vida, confundimos cores, lugares, pessoas, disposição dos objetos, nomes; daí nascem as fake news, de nossa baixa percepção da realidade, da parcialidade, que depende muito de nosso estado de concentração, nível de conhecimento, entendimento e de discernimento, de atenção e de equilíbrio psicológico.

Hoje há aqueles que dizem o que é e o que não é fake news. Será que são realmente confiáveis? Será que talvez possam estar atendendo aos interesses daqueles que são os mentores das noticias falsas? Muitos inclusive são historicamente conhecidos por propagarem notícias tergiversadas e com mensagens subliminares e agora estão se colocando como os senhores da verdade?



Junto com a fake news temos a pós-verdade – Post-Truth – que é o fenômeno através do qual a opinião pública reage mais a apelos emocionais do que a fatos objetivos. Segundo esse conceito, a verdade dos fatos é colocada em segundo plano quando uma informação recorre às crenças e emoções das massas, o que resulta em opiniões públicas manipuláveis. Esse termo foi empregado pela primeira vez em 1992, em um artigo do dramaturgo Steve Tesich na revista “The Nation”, mas ganhou força mesmo em 2016, quando a Oxford Dictionaries elegeu "pós-verdade" como a palavra do ano da língua inglesa, definida como "a ideia de que um fato concreto tem menos significância ou influência do que apelos à emoção e a crenças pessoais”. De acordo com esse dicionário, o prefixo “pós” transmite a ideia de que a verdade ficou para trás. A partir disso, percebe-se que a sociedade contemporânea é marcada por várias verdades direcionadas, a verdade que reflete o âmago de cada um. Muitos dizem que estão com a verdade, mas qual verdade? Para se ter a noção integral da verdade, requer-se um grau de maturidade, de evolução psíquica, intelectual e emocional que pouquíssimos seres humanos têm hoje.

Então, vamos tomar cuidado com a onda da fake news e da pós verdade, pois até esta pode ser falsa. Vamos, por nós mesmos, exercer o direito de investigar, processar e entender se a notícia é falsa e onde está sua falsidade. Não vamos nos deixar manipular, com mais esta intervenção em nosso livre arbítrio. Verdade não tem versão, verdade é verdade. Uma dica para não cair nas armadilhas da fake news e da pós-verdade é aperfeiçoar a qualidade de nossas fontes de informação e da imparcial e precisa interpretação, sob um prisma de avaliação das informações com critério, coerência e conhecimento perfeitamente alinhados.Vamos lembrar que uma mentira repetida muitas vezes pode se tornar uma falsa verdade. Contudo, mesmo tomando todo cuidado para estar o mais perto possível do retrato fiel da realidade, há que se aprofundar mais e mais na investigação dos fatos e observar a frase de William Shakespeare: "Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia".

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O PAÍS QUE NÓS FAZEMOS!

Ontem na reunião na Câmara Municipal de Barbacena foi realizada a Prestação de Contas do 2º Quadriênio de 2018. O Ilmo. Sr. Secretário de Saúde e Programas Sociais apresentou números e explicou a situação da saúde em Barbacena, município polo regional. O Conselho de Saúde esteve presente, bem como uma representante do Hospital Ibiapaba.

Nesta oportunidade foi demonstrada a caótica, delicada e insustentável situação da Saúde em nossa cidade, a qual além de sua população, recebe cidadãos de mais 51 (cinquenta e uma) cidades vizinhas.

A situação apresentada é de quase falência ou de fechamento dos hospitais da cidade, como o Ibiapaba, a Santa Casa, a Policlínica (IMAIP), os quais vêm negociando e renegociando dívidas que se acumulam, uma vez que a demanda cresce, a despesa aumenta e a receita diminui. Se não fosse a engenhosidade dos gestores da saúde de nossa cidade, aliada às doações, às emendas parlamentares, possivelmente ou certamente já teriam fechado as portas.

Como a Saúde cuida do bem mais precioso que temos que é a Vida, o alarme soa com mais força, mas a saúde é o reflexo de políticas fracassadas de várias áreas da sociedade e da administração pública. Algumas das principais causas de doenças não são combatidas com medidas preventivas e saudáveis de outras áreas como, por exemplo: o esporte, o lazer, a oferta de emprego, o saneamento básico, as boas condições das vias e, principalmente, o exercício da ética.

Em nosso país, as consequências têm que chegar ao extremo, à calamidade, para que algo aconteça e mesmo assim, muitas vezes, usam-se paliativos, gambiarras administrativas.

Estudando os municípios de nossa região e Barbacena inclusive, encontramos um quadro de falta de adequação ou de atualização das legislações municipais com as leis federais principalmente. Na União é onde se encontra a maioria das fontes de recursos que só chegam ao município, através de projetos, de programas, de inscrições, de condições legais, de atualização documental para as várias áreas das políticas sociais e urbanas. Visualizamos que a maioria não faz uso destas possibilidades de captação de recursos por desconhecimento, desorganização, falta de qualificação ou capacitação, dentre outros motivos, ou por falta de vontade política.

Boa parte das leis orgânicas, dos planos diretores, de leis de parcelamento, uso e ocupação do solo, zoneamento ambiental e turístico e outras estão bastante desatualizadas, o que impede legalmente e nos fatos o desenvolvimento das cidades.

A falta de cidadania, a apatia, a indiferença da maioria da população é a parte mais preocupante, pois com essa cultura de egoísmo e de falta de espírito de fraternidade, de pensar no próximo, e no futuro, a sociedade, a nosso ver, se encontra agora diante de um abismo. Fala-se tanto em mudança, em “país que nós queremos”, mas na hora do voto, este vai sempre para os mesmos.

Estamos à beira de um colapso generalizado e não estamos exagerando.

Passou da hora de ao invés de “país que nós queremos”, sempre esperando do outro a atitude, sermos um país que nós fazemos, no dia a dia, espalhando as sementes de boas práticas, auxiliando e cooperando com o Poder Público; unindo-nos e nos qualificando e nos capacitando; realizando parcerias entre as instituições para baixar os custos governamentais; unindo-nos em conselhos gestores com fundos matriz próprios; pleitear a gestão democrática participativa qualificada do município e controle social efetivo; construir Organizações de Sociedade Civil fortes e em grande número; e, assim, plantarmos as sementes da cultura do Cooperativismo Empreendedor, unidos através de uma Rede de Cooperação e de Proteção Social.

Várias cidades brasileiras saíram do caos e hoje são referências nacionais e até mundiais, seguindo estes modelos.

A ARCOM-SC já entregou ao Poder Público Municipal propostas colhidas do que há de melhor e atualizado em leis que visam a desoneração do município, a melhor captação de recursos, o desenvolvimento sustentável, a gestão descentralizada e participativa, a organização consciente do uso do solo e da natureza e o resgate dos valores de nossa identidade municipal. Estamos nos unindo a várias instituições federais, estaduais, municipais, públicas e privadas para fazermos o que nos cabe. Esperamos que muitas outras também se unam, surjam para fazermos a diferença, pois a solução está com a população, pois o poder emana do povo.

Enfim, ao invés de apontarmos dedos para os supostos culpados, vamos dar as mãos, e colocá-las, de verdade, a serviço do exercício do civismo, da cidadania, da preservação da Natureza, do amor ao próximo para construirmos com estratégia, planejamento e ação, juntos com os governantes, uma cidade melhor, um estado melhor e um país melhor para todos. Há solução.