Estamos em uma época em que a
comunicação evoluiu muito, através dos smartphones, da internet mais veloz e
abrangente, satélites e aplicativos de celular, redes sociais, porém
perguntamos: A comunicação entre as pessoas melhorou? Ela atende a todos?
No dia 19 de maio de 2021, visitamos
a ASSB, Associação de Apoio aos Surdos de Barbacena, para prestar um serviço
socioassistencial de assessoramento. Com a ajuda da Sra. Rosely Santana Paes de
Oliveira, conseguimos conversar com o tesoureiro da instituição Sr. Vinícius da
Silva Tonholo, o qual nos reportou a lamentável situação financeira e de
dificuldades pelas quais estão passando, bem como as pessoas que são os
beneficiários da instituição.
Eles nos passaram diversas
situações vividas pelas pessoas com deficiência auditiva, quando precisam
acessar instituições de atendimento médico, bancário, comercial, dentre outros,
bem como serviços de atendimento ao contribuinte em órgãos municipais,
estaduais e federais e em alguns serviços de atendimento ao cliente ou ao
consumidor de várias empresas. Principalmente nos casos de atendimento de
emergência, a situação se agrava ainda mais. Em todos estes casos, o problema é
um: falta de mecanismo eficiente de comunicação nas duas pontas, na de quem necessita
e na de quem atende.
Fazendo uma pequena busca na internet,
verificamos que já há produtos e serviços especializados e específicos para
pessoas com deficiência auditiva e pessoas com deficiência visual, porém o
problema relatado nesta pesquisa esbarra na falta de investimento nos órgãos de
atendimento público e privado para atender a estes seres humanos. Para se ter
uma ideia, em Barbacena, por volta de 5% (cinco por cento) de sua população tem deficiência
auditiva. É um número elevado, isto porque não incluímos as outras
categorias de pessoas com deficiência.
Levamos à Secretaria Municipal de
Assistência Social, conforme post anterior, uma proposta de projeto de lei,
contendo as diretrizes de políticas para a pessoa com deficiência, a
reformulação do conselho e sua reativação, bem como a do fundo público municipal
para a pessoa com deficiência.
Vamos procurar e formar uma
grande rede para ajudar na inclusão verdadeira das pessoas com deficiência. Leis existem, como a da Central de Libras, porém sem efetiva aplicação prática,
tanto na parte de pesquisa e utilização de tecnologias para comunicação, quanto na parte de
conscientização e de divulgação de conhecimento e informação com relação a esta relevante questão. Buscaremos, em rede, junto aos órgãos
públicos e privados, formas de começar a resolver esta falta de comunicabilidade para esta parcela expressiva da população, que se encontra
desassistida e, muitas vezes, exposta a perigo e a risco de morte, por não terem,
a seu dispor, ferramentas para se comunicar.
Por fim, está impresso e expresso
no dicionário que comunicar é ligar uma coisa à outra; colocar em contato;
ligar; unir. Solidarizamo-nos com as pessoas com deficiência, nesta empreitada
em prol de uma inclusão social verdadeira.
Diz o ditado: "O pior surdo é
aquele que não quer escutar."
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Rosely Santana Paes de Oliveira (secretária, intérprete e tradutora de LIBRAS da ASSB), Giovanni Tarcisio de Souza (tesoureiro da ARCOM-SC), Amanda Gilvanice dos Santos Macedo (presidente da ASSB) e Vinícius da Silva Tonholo (tesoureiro da ASSB). |