quarta-feira, 4 de abril de 2018

2018, " Eu tenho um sonho!"

Hoje faz 50 (cinquenta) anos que o mundo perdeu um grande homem, Martin Luther King, dono de frases maravilhosas e de uma vida dedicada à defesa do amor e da não violência.

Em 2018, também marcou os 70 anos da morte de Mahatma Ghandi, também defensor dos direitos civis, adepto do amor e da não violência.

Foram grandes homens que deram literalmente suas vidas por causas mais que nobres, a igualdade, a inclusão, o respeito e o amor ao ser humano, sem qualquer tipo de discriminação, segregação ou preconceito. 

Tantas décadas depois e ainda estamos com as mesmas lutas. O ódio, a corrupção, a falta de perdão, de amor e de fraternidade estão deixando a convivência humana chegar em níveis críticos.

Um grande e cruel ensinamento tiramos da história destes dois grandes homens, que lideraram ideais de igualdade e liberdade: sofriam com o silêncio dos justos. Perderam suas vidas não apenas através das armas do ódio, mas também a perderam por não terem o apoio devido para defender direitos que são universais. Por inúmeros motivos, temos hoje apenas indignações, dedos apontados, reclamações, braços cruzados, falta de comprometimento, de perseverança. O sistema quer é que desistamos mesmo, dificulta, não se move, faz leis que não têm efeito prático, tendo como aliados os críticos sem causa que se dignam a reclamar e criticar os poucos, muito poucos que lutam, quase que sozinhos, por uma vida melhor. A justificativa daqueles é que nada muda, que não veem nada de concreto, que associar-se para o bem não faz efeito, com isso contribuem para o fortalecimento do mal, mas não procuram ver o esforço, dentro da lei e da paz, daqueles que deixam de lado seu egoísmo, conforto e passividade e se dedicam ao trabalho voluntário em prol do próximo.

Ficam as perguntas: Até quando teremos que ver pessoas morrerem em prol de um mundo melhor, quase sozinhos? Até quando teremos que ver uma sociedade muda e inerte diante de tantas injustiças? Até quando teremos que ver a falta de civismo e de cidadania da maioria do povo, que mantêm os maus governantes onde estão? Até quando teremos que ouvir as frases "ninguém faz nada" ou "alguém tem que fazer alguma coisa"? Até quando teremos que apenas lamentar a morte de nobres homens e mulheres, sem poder ter feito algo para que, fortalecidos, ainda estivessem vivos?

A ARCOM-SC rende sua homenagem à memória sempre viva de Martin Luther King, de Mahatma Ghandi, e também a todos os seres humanos que dão suas vidas pelo próximo todos os dias de forma amorosa, dedicada, comprometida, perseverante e silenciosa nas mais diversas profissões e trabalhos voluntários que, sem dúvida, são os responsáveis por tornarem a vida neste planeta possível ainda. 

Eles não morreram em vão, seus exemplos de vida são seguidos por poucos, mas valorosos e determinados seres humanos.